sexta-feira, 15 de julho de 2016

Rotatividade de colaboradores prejudica o varejo?

Rotatividade de colaboradores prejudica o varejo?
Veja motivos para evitar esse problema, como enfrentá-lo e a importância da assessoria jurídica nestes casos



A rotatividade de colaboradores, ou seja, as admissões e demissões de empregados para uma mesma vaga, em pouco tempo, torna-se um grande problema para as empresas. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Ralph, entre 2010 e 2013 a rotatividade de funcionários aumentou 82% no Brasil. As causas apontadas são as mais variadas, mas, as principais são os salários pouco atrativos e a falta de perspectiva de crescimento profissional dentro da empresa.

E, se o turnover (rotatividade de funcionários) abala o setor, quando a economia está aquecida, cenário que se apresentava quando da realização da pesquisa, as consequências são ainda mais graves em tempos de crise financeira.

A fim de evitar problemas em sua empresa, o escritório Andréia Dota Vieira Advogados Associados listou os prejuízos que a rotatividade traz ao empresário:

1. EXCESSO DE GASTOS: A alta rotatividade de funcionários pode resultar em custos elevados para a empresa. Quando se rescinde o contrato de trabalho, especialmente na demissões sem justa causa, devem ser quitadas várias verbas, entre elas o aviso prévio, quando indenizado, multa sobre o FGTS, entre outras. Além disso, haverá gastos com a nova contratação, quando a empresa paga para que sejam feitos processos de seleção.

2. TEMPO PARA NOVO TREINAMENTO: Quando um novo empregado é contratado ele precisa ser ambientado, aprender as regras da empresa, do negócio e da própria função. Isso demanda tempo e, muitas vezes, o auxílio de outro empregado que precisará acompanhar o “novato” até que este se adapte ao ritmo da empresa.

3. PERDA DE CREDIBILIDADE NO MERCADO: A alta rotatividade pode causar danos à reputação e imagem do negócio e acabar gerando marketing às avessas. Muitos consumidores e parceiros podem acreditar que este fenômeno implica em quedas de qualidade dos serviços executados ou ofertados, além de acreditar que, se muitas pessoas saem, há um grande problema com o negócio.

4. FALTA DE BONS CANDIDATOS PARA SUBSTITUIR OS QUE SAÍRAM: Bons funcionários podem não querer ingressar na sua empresa justamente porque a saída de pessoas é grande, o que demonstra falta de qualidade e valorização no ambiente de trabalho.


Como evitar a rotatividade de funcionários?

Para evitar que seus colaboradores se sintam insatisfeitos com o emprego, são necessários alguns estímulos como bom ambiente empresarial, salários compatíveis com as funções, flexibilidade com horários, investimento em capacitação, plano de carreira, entre outros. “Quando um funcionário se sente valorizado ele trabalha mais e melhor, além de reconhecer bons motivos para permanecer na empresa”, opina a advogada Patrícia Marangoni, do escritório Andréia Dota Vieira e Advogados.

Em casos de saídas e demissões, tenha um conversa com o funcionário e pergunte o que gerou problema na empresa. Desta forma é possível melhorar o trabalho dos demais mudando o que for necessário.

Conte com uma boa assessoria jurídica

É muito importante ter uma boa assessoria jurídica para cuidar das questões trabalhistas, especialmente no setor pessoal da empresa e, também, para assessoria em caso de acionamento judicial. Ausência de documentação correta, não observância de regras da categoria, desconhecimento de procedimentos a serem adotados, são alguns dos problemas que podem gerar discussão posterior na Justiça do Trabalho.

“Um grande erro das empresas é contratar um advogado apenas quando já existe um problema estabelecido ou quando o empresário recebe a citação para responder a ação trabalhista. Muitos problemas poderiam ser evitados com a assessoria jurídica preventiva. Organizações que já possuem tal assessoria estão à frente das demais”, finaliza a advogada.

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