quinta-feira, 14 de julho de 2016

CNI defende mudanças em leis trabalhistas e cogita aumentar jornada de trabalho para 60 horas semanais

CNI defende mudanças em leis trabalhistas e cogita aumentar jornada de trabalho para 60 horas semanais 

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu na última sexta-feira (8), mudanças radicais na Providência Social e nas leis trabalhistas. Em reunião com o presidente interino Michel Temer e aproximadamente 10 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), Andrade defendeu o aumento da carga de trabalho para até 12 horas e da jornada semanal para até 60 horas.

O presidente da CNI citou como exemplo a França, onde leis trabalhistas estão sendo discutidas “No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal. As centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36, passou para a possibilidade de até 60 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho”, defendeu.

De acordo com Andrade, a França perdeu competitividade na indústria em relação aos demais países europeus. “Agora, está revertendo e revendo suas medidas, para criar competitividade. O mundo é assim e temos de estar aberto para fazer essas mudanças. Ficamos ansiosos para que essas mudanças sejam apresentadas no menor tempo possível”, explicou.


Mudanças na lei trabalhista e Previdência Social

Para Robson Andrade considerando que neste ano o déficit será de R$ 170 bilhões haverá crescimento nas despesas governamentais em algumas áreas. Segundo ele a iniciativa privada estaria “ansiosa” para ver medidas duras e difíceis de serem apresentadas. Andrade também defendeu reformas em relação à Previdência Social. “Tem de haver mudanças na Previdência Social. Caso contrário, não teremos no Brasil um futuro promissor”, concluiu. 

Para a advogada Patrícia Marangoni as mudanças na área trabalhistas trariam benefícios aos empregadores. “A flexibilização de algumas matérias nessa área trabalhista, permitindo que empregados e empregadores possam negociar seus contratos com maior liberdade, são de extrema importância, especialmente, nesse momento de instabilidade econômica”, defende. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário