terça-feira, 8 de novembro de 2016

Sucessão familiar: apenas 30% das empresas chegam à segunda geração

Sucessão familiar: apenas 30% das empresas chegam à segunda geração
Desconhecimento sobre demandas do Judiciário é um dos principais motivos


De acordo com estimativas, de todas as empresas brasileiras mais de 70% são constituídas por familiares. Entretanto, apenas 30% conseguem chegar a segunda geração e pior ainda para a terceira geração: menos de 5% se mantém. O desconhecimento e falta de cultura sobre os reflexos da sucessão, com o titular presente ou já ausente, são os motivos principais, conforme leciona, por exemplo, o advogado tributarista Miguel Silva.
Segundo a advogada, especialista em Direito Empresarial, Andréia Dota Vieira, a carência em informação no âmbito jurídico prejudica as empresas que precisam passar pelo processo de sucessão. “Faltam acesso aos dados sobre o quadro societário, ao conhecimento do Direito de Sucessão e, também, no que tange aos impostos incidentes mesmo, ainda, quando o fundador do negócio se encontra em atividade”, alerta a jurista.

​Para Andréia Dota, há de haver uma separação entre as sucessões. “Há diferenças entre sucessões administrativas, patrimoniais ou societárias. O empreendedor, ao lado da família, tem de analisar quais são as melhores alternativas. Como advogados, devemos atuar para proteger o patrimônio, minimizar riscos ou litígios neste processo”, complementa.

​A profissionalização é um item destacado pelos empreendedores. De acordo com o empresário Tiago Marangoni, que atua em uma loja da família, em Criciúma, há a necessidade de estar bem amparado para vislumbrar um amanhã mais positivo. “O planejamento e sucessão familiar, aliado à atuação de bons profissionais, concede-nos uma visão holística para qualquer tipo e tamanho de empresa, dá continuidade ao negócio pensando no futuro, protege os bens da família, separa, profissionaliza o negócio”, resume.

Planejamento
​A falta de planejamento de sucessão familiar, também, foi alvo de pesquisa. Mais da metade dos entrevistados reconhece que sequer deu início ao planejamento da sucessão e continuidade. É censo comum que criar uma cultura dentro da empresa é fundamental. “Já podemos observar na região que, mesmo líderes em ascensão com os seus negócios, resolvem antecipar essa preparação. Estar bem assessorado, tanto na parte contábil, administrativa, de Recursos Humanos e, também, jurídica deixam esse processo não tão complexo”, finaliza Andréia Dota.

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