Artigo de Dr. Dmitry Rzatki aponta medidas para conter inadimplência no varejo
Confira na íntegra material publicado na edição de segunda do Jornal A Tribuna
Em artigo publicado na edição desta segunda-feira no Jornal A Tribuna, o especialista do escritório Andréia Dota Vieira, Dmitry Rzatki, aponta medidas para conter a inadimplência no varejo após o período de Natal. Confira:
Inadimplência: medidas evitam atrasos no pagamento de dívidas pós Natal
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, mais de 57% das famílias estão com dívidas ou atrasos no cartão de crédito, cheque especial ou empréstimo pessoal. Já o Serasa Experian mostra que os meses de maior inadimplência são março, abril e maio, justamente quando os clientes não conseguem quitar os parcelamentos realizados durante as compras de Natal. Para evitar o aumento da inadimplência, após o período de festas, exponho orientações que, com o advento do novo Código de Processo Civil, em março, beneficia quem precisa cobrar os débitos.
Sem dúvidas, os mecanismos concedem maior celeridade ao processo através de penhora de bens e cadastro em bancos de inadimplentes. Desde então, empresas e pessoas físicas podem, após a sentença, levar os devedores a protesto ou inscrevê-los em cadastro de inadimplentes. Entretanto, sempre a negociação extrajudicial, realizada por profissional capacitado, vai ser mais rápida.
É sabido que o advogado tem maiores instrumentos para conseguir evitar o aumento da inadimplência. Podemos agora utilizar de recursos como bloquear o carro ou outro bem do devedor, bloquear a venda de imóveis através de ação no Cartório de Registro, dentre outros recursos que passaram a ser mais rápidos.
Outra alternativa, já utilizada há muitos anos, é cobrar através de um recurso pelo Banco Central. Conseguimos, após a ação judicial, retirar o valor de qualquer conta bancária do devedor. Esse recurso já é antigo, mas ainda bem desconhecido entre os empresários.
Como evitar inadimplência entre os consumidores
- Para evitar o atraso nas contas pós Natal, repasso quatro dicas principais:
- Não compre por impulso. É preciso separar o desejo da necessidade.
- O parcelamento das compras para janeiro e fevereiro, meses que incidem a cobrança de IPVA, IPTU, material escolar, tende a prejudicar o orçamento doméstico.
- Muitos comerciantes concedem descontos para pagamento à vista.
- Discuta as finanças com a família, e caso fique difícil pagar, tente renegociar logo pra tudo voltar ao normal o quanto antes.