Relação contratual entre postos de combustíveis e distribuidoras geram
ações judiciais
Advogados estudam alternativas
para evitar prejuízos aos empresários
Somente em Santa Catarina, mais de dois mil postos
estão estabelecidos com diferentes bandeiras. E a relação entre estes
empresários com as distribuidoras são os que mais geram ações judiciais que
podem prejudicar o negócio.
Ainda em março, um Juiz da 3ª Turma do Superior
Tribunal de Justiça rejeitou um recurso da Petrobrás Distribuidora, que buscava
restabelecer a multa imposta a um posto de gasolina que não comprou o mínimo
combinado de combustível e, por isso, teve o contrato rescindido. Na sentença,
o juiz reduziu o valor da multa para 20% do pleiteado. Após recurso no Tribunal
de Justiça de São Paulo, a multa foi reduzida novamente, para 5% do lucro da
média das operações comerciais apuradas no movimento do último ano. Ao alegar o
descumprimento do acordo, a distribuidora rescindiu o contrato, solicitou a
entrega dos produtos em comodato e pleiteou a aplicação de uma multa de R$ 677
mil, em valores de 1997, data da ação de rescisão contratual.
Responsável por assessorar postos de combustíveis em
Criciúma, Içara, Forquilhinha e Treviso, o escritório Andréia Dota Vieira atua
com intuito de minimizar prejuízos e manter uma relação estável com as
distribuidoras. “Procuramos encontrar soluções aos empresários sem a
necessidade de judicialização. Na impossibilidade, procuramos facilitar o
acesso direto ao Judiciário para que, com ética e menor tempo possível,
conseguimos resolver demandas”, resume a advogada Andréia Dota Vieira.
Cuidados em contratos
A importância de um contrato bem redigido é de suma importância para os empresários desse ramo, ressalta a advogada Patrícia Marangoni. “Geralmente, estes tipos de contrato já vêm com as cláusulas pré-estabelecidas pelas distribuidoras, contendo multas em percentuais bastante altos, exigências de garantias e de aquisição mínima, por um período detempo bastante longo”, antecipa Patrícia. “A análise dessas cláusulas, e a adequação delas, àrealidade do empresário são essenciais para que não haja oneração em excesso para os postos”, conclui a jurista.
De acordo com Patrícia, é importante que um profissional acompanhe o empresário, em razão das complexas cláusulas exigidas em contratos. “É preciso avaliar se estão presentes requisitos essenciais, especialmente quanto a prazos, motivos de rescisão, multas e garantias, além de analisar cláusulas como licença de uso de marca e imagem, dentre outros”, finaliza.
De acordo com Patrícia, é importante que um profissional acompanhe o empresário, em razão das complexas cláusulas exigidas em contratos. “É preciso avaliar se estão presentes requisitos essenciais, especialmente quanto a prazos, motivos de rescisão, multas e garantias, além de analisar cláusulas como licença de uso de marca e imagem, dentre outros”, finaliza.
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